quinta-feira, 18 de novembro de 2010

O documentário "Lisboetas"

Durante cerca duas aulas de Psicologia procedemos ao visionamento do filme: "Lisboetas" e debatemos alguns episódios no âmbito do tema "Aculturação".
Ficha técnica:
Realização: Sérgio Tréfaut
Imagem: João Ribeiro
Montagem: Pedro Marques
Som: Olivier Blanc
Produção: Faux-Sérgio Tréfaut
Misturas de Som: Tiago Matos
Formato de rodagem: video digital (DVCAM)
Telerecording 35mm: Tobis Portuguesa
Financiamento: ICAM/MC
Difusores TV: WDR-ARTE (Alemanha e França) YEL (Finlândia)
Duração: 100 min (Cinema)
2004- Portugal

Sinopse:
Lisboetas é um documentário politico sobre a vaga de imigração que nos últimos anos mudou Portugal.
Lisboetas é o retrato de um momento único em que o país e a cidade entraram num processo de transformação irreversível.
Lisboetas é um filme que rejeita o habitual tratamento jornalístico e aborda a experiência humana dos imigrantes da grande Lisboa de um ponto de vista cinematográfico.
Lisboetas é uma janela aberta sobre novas realidades: modos de vida, mercado de trabalho, direitos, cultos religiosos, identidades. é uma viagem a uma cidade desconhecida, a lugares onde nunca fomos e que estão aqui.
Lisboetas é um retrato por dentro. A palavra é dada aos recém chegados. Talvez por isso, como escreveu a critica do "Publico" Kathleen Gomes, "os estrangeiros aqui somos nós".
Lisboetas não é um filme dogmático, mas é um filme incómodo e que deixa muitas questões em aberto- por que é difícil avaliar o quanto tudo mudou e ainda pode mudar.

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Lisboetas é um documentário sobre a vaga de imigração, centrado particularmente nos imigrantes do leste europeu, que nos últimos anos mudou Portugal.
Mostra a criação de novas realidades: modos de vida, direitos, cultos religiosos e até mesmo de identidades.
Ao longo de todo o documentário são apresentadas as várias dificuldades que os imigrantes têm em Portugal, desde o processo de legalização no país, serviço de estrangeiros e fronteiras, até à última situação que é a igreja nigeriana onde o pastor da igreja fala das condições do imigrantes através da Bíblia.
Com o visionamento do documentário surgiram várias leituras e conclusões pessoais sobre situações exactas.
Foi referida a primeira situação, serviço de estrangeiros e fronteiras, onde se pôde observar claramente a dificuldade do imigrante em comunicar e em perceber a mensagem que lhe estava a ser transmitida.
No campo grande os empreiteiros de construção civil vão há procura de mão de obra barata onde é de lamentar alguém ganhar 25 euros por trabalhar 12 horas e por vezes até recebem menos do que esse valor.
Foi frisado um episódio em que ia uma senhora sozinha num autocarro e ao seu lado ia uma menina encostada no ombro de alguém, este episódio revela um pouco a solidão sentida pelo imigrante ao estar num país onde não conhece nada nem ninguém e se encontra completamente sozinho sem um ombro amigo.
"As pessoas que deixam o seu país para vir para Portugal não imaginam o que os espera", diz claramente um imigrante.
O caso da imigração de leste é especial, pois são pessoas qualificadas, como engenheiros e médicos que chegam a Portugal e ficam a trabalhar nas obras como sendo pessoas sem estudos o que para o imigrante acaba por ser desmotivante, muitos acabam por se tornar dependentes de vícios como é o caso do senhor apresentado no episódio, Médicos no Mundo, acabando por ficar com piores condições de vida do que quando havia chegado a Portugal.
Também foi dada especial atenção ao episódio do telefonema na praia onde o tema de conversa era o ensino em Portugal que era caracterizado como muito fraco.
Por fim afasta-mo-nos um pouco do tema do documentário e abordamos a existência de certas comunidades no nosso país que por vezes são mais beneficiadas do que o próprio Português.
Com o visionamento do documentário é possível verificar o quão importante é todo o processo de aculturação, o contacto com os outros modelos de cultura, a assimilação de hábitos das diferentes sociedades e as mudanças culturais para todo o imigrante.

Redigido por: Rita Sádio


Um comentário:

  1. este é muito mau mesmo... os ucranianos e as BRASILEIRAS ganham cá muito dinheiro

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