quarta-feira, 27 de outubro de 2010

António Damásio lança «O livro da Consciência»

Este livro foi colocado à venda em Portugal no dia 23 de Setembro de 2010.
O seu autor é António Damásio, um neurocientista que estuda a mente e o cérebro humano há mais de 30 anos, é autor de uma vasta obra de livros como "O erro de Decartes" e "Ao encontro de Espinosa" e artigos científicos.
É dito na contracapa do livro que António Damásio formulou o livro como um recomeço, quando a reflexão sobre descobertas importantes da investigação, recentes e antigas, alterou profundamente o seu ponto de vista em duas questões particulares: a origem e a natureza dos sentimentos, e os mecanismos por detrás do eu. 


As grandes questões são:
Como é que o cérebro constrói uma mente?
E como é que o cérebro torna essa mente consciente? 
Qual a estrutura necessária ao cérebro humano e qual a forma como tem de funcionar para que surjam mentes conscientes?

E nós questionamos: se algumas vez será possível o Homem descobrir a 100% tudo o que o cérebro e a mente escondem.
Nós queremos sempre saber mais e mais e quando pensamos que já descobrimos tudo existe sempre algo que nos falha.



Um comentário:

  1. Como já disse noutro blog estou curiosamente interessado na referência porque a associo a uma leitura da minha adolescência, mais precisamente "O futuro do espírito", do filósofo e biofisico Pierre Lecomte du Noüy (1883-1947), da Editora Educação Nacional, Porto, uma 3.ª edição, sem data e sem colofon.

    A versão original, segundo consulta actual, é de 1941, pelo que a tradução de Cruz Malpique, da referência que possuo, será posterior.

    Isto para dizer, a propósito do "Livro da Consciência", que Lecomte apresenta, a pp 289e sgts, este curioso currículo da evolução do globo, em três períodos:

    1.º Estende-se desde o começo do universo até ao aparecimento da vida - parece ter durado cerca de um bilião de anos, e provavelmente menos de dois;

    2.º Vai desde o aparecimento da vida, até ao advento da consciência - parece ter durado um bilião ou de 100 a 200 milhões de anos;

    3.º Começa com o advento da consciência, vê aparecer os primeiros gestos inúteis, e comporta um mecanismo suplementar: a tradição. É caracterizado por um facto novo: o Espírito, que, sendo condicionado pelo suporte material, já em parte, provavelmente, liberto da sujeição termodinâmica, dele se evade de modo definitivo.
    Este período não terá durado cem mil anos. Talvez que durasse muito menos. Está, pode dizer-se nos seus começos.

    Serão precisas longas séries de séculos, para que o homem compreenda a razão e apreenda a manejar a sua inteligência. Sela se servirá ainda para se destruir a si mesmo, com diversos pretextos.

    Os três capítulos da obra define os 3 períodos:
    A evolução da terra, ou cosmogénese
    A evolução da vida, ou biogénese
    A evolução do espírito, ou noogénese

    Se compulsarmos os trabalhos de Teilhard de Chardin (1881-1955), teólogo, filósofo e paleontólogo, os três períodos correspondentes já figuram com designações diferentes mas com o mesmo significado:

    Cosmosfera
    Biosfera
    Noosfera

    António Damásio dir-nos-há que segredos estarão escondidos na noosfera, ou mais precisamente, no específico campo da consciência que o espírito gerou.

    joãoboaventura

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