Género:Ficção
Diretor: Marco Schiavon
Elenco: Anselmo Vasconcellos, Zezeh Barbosa, Mirian Pyres
Ano: 2004
Duração: 22 min
País: Brasil
Sinopse:
Cida é uma mulher negra de quarenta anos, que vai trabalhar para Maria, uma velha de oitenta anos, viúva e sem filhos, que é extremamente racista.
A relação entre as duas mulheres começa tumultuada, com Maria tripudiando em cima de Cida por ela ser negra. Cida aguenta tudo em silêncio, por precisar do dinheiro, até que decide vingar-se através de um jogo de xadrez.
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Uma das lições do filme é a negação do conformismo, da busca pelo conhecimento para a transformação dos factos.
“Pela educação pode-se combater, no plano das atitudes, a discriminação manifestada em gestos, comportamentos e palavras, que afasta e estigmatiza grupos sociais. Contudo, ao mesmo tempo em que não se aceita que permaneça a actual situação, da qual a escola é cúmplice ainda que só por omissão, não se pode esquecer que esses problemas não são essencialmente do âmbito comportamental, individual, mas das relações sociais, e que como elas têm história e permanência. O que se coloca para a escola é o desafio de criar outras formas de relação social e interpessoal, por meio da interacção o trabalho educativo escolar e as questões sociais, posicionando-se crítica e responsavelmente diante delas”. (PCN Pluralidade cultural, p23 e 24)
Sobre a discriminação racial, a definição que mais se enquadra é “Tratar de modo preferencial, geralmente com prejuízo para uma das partes”. É sobre isso que trata o filme: "O Xadrez das cores". Cida encontra-se numa fase critica da sua vida e, por dinheiro, precisa de se sujeitar a situações degradantes criadas pela sua patroa branca e racista.
As personagens do filme apresentam-se como forças opostas: rico e pobre, o branco, o negro, a patroa, a empregada. Apesar da relação contrária existente, ambas possuem em comum a força, a determinação.
Maria insiste em oprimir, Cida aceita por causa das necessidade de que é alvo, mas utiliza-se do tabuleiro do xadrez para agir de outra forma.
Não se satisfaz com suas derrotas. Apesar de ver suas peças negras deitadas no lixo de forma maldosa pela sua patroa, estuda a sua adversária, procurando um conhecimento que não tem.
Hoje a sociedade necessita de ver as pessoas de raça negra como um povo que tem direitos e deveres; é preciso vê-lo como cidadão. Essa soberania existe em leis, mas na prática, ainda há muita injustiça e toda esta injustiça provoca uma grande falta de auto-estima por parte do povo discriminado.
O homem foi o criador do preconceito e necessita de aprender a ver o outro de igual forma, não o querer deitar a baixo mas sim ajuda-lo a ser feliz e a sentir-se bem na sociedade, se todos os povos fossem mais unidos certamente o mundo seria melhor...
O inicio, a patroa julga a empregada pela sua cor, age de forma discriminatória:
A empregada ganha auto-estima, deixa de se conformar e tenta agir:
O fim, a patroa coloca de parte o seu preconceito:
Redigido por: Rita Sádio